Queremos apresentar aqui alguns objetos e símbolos que nossos ministros, durante exercício do seu ministério na liturgia, utilizam e manuseiam e por isso precisam conhecer e compreende sua finalidade.

Objetos litúrgicos são aqueles usados nas mais diversas celebrações, e que possuem alguma função dentro da liturgia.

Símbolos litúrgicos são objetos, sinais usados durantes as celebrações que traduzem e expressam alguma mensagem, através dos ritos, gestos e das cores.

 

ALTAR: É a mesa sobre a qual se celebra o Sacrifício Eucarístico, ou seja, é nela que Jesus se faz presente para nós na forma de pão e vinho durante a celebração da Missa. Assim, podemos dizer que nele se celebra o centro de toda liturgia e, por isso, o altar é o centro da Igreja. O altar representa Cristo, pedra angular e fundamental da Igreja. É importante que não deixemos sobre o altar objetos desnecessários à celebração da missa. O ministro deve trata-lo com muito respeito, procurando fazer um gesto de referência sempre que passar na frente dele.

 

AMBÃO: É a mesa (estante) onde se celebra a liturgia da palavra. Sobre ela fica o Lecionário, de onde são proclamados as leituras, o salmo e o evangelho. É o lugar de onde se proclama a Palavra de Deus, por isto possui a mesma dignidade do Altar, devendo ser tratado com o mesmo respeito.

 

CADEIRA PRESIDENCIAL: É o lugar onde senta-se o presidente da assembléia. Por isto, é a sede do próprio Cristo, a cátedra onde Cristo se assenta durante a celebração da liturgia, na pessoa do padre.

 

CRUCIFIXO: É o grande símbolo dos cristãos. Lembra-nos a morte de Jesus na cruz e, conseqüentemente, a salvação que Deus ofereceu a nós através da morte de Jesus. É o nosso maior símbolo de vitória e esperança, pois nela Cristo salvou toda a humanidade e venceu a morte, ressuscitando. Toda igreja deve possuir um crucifixo próximo ao altar.

 

CRUZ PROCESSIONAL: cruz que acompanha as procissões. Deve permanecer ao lado do altar.

 

CÁLICE: recipiente em forma de taça (vaso sagrado), onde se coloca o vinho e a água durante a preparação das oferendas, que serão transformados no sangue de Cristo durante a consagração. Deve ser levado para o altar somente na preparação das oferendas e deve ser retirado de cima do altar após o final da comunhão.

 

CIBÓRIO E PÍXIDE: o cibório é um recipiente geralmente com tampa em forma de taça, com tampa, onde são colocadas as partículas durante a preparação das oferendas, a fim de que na consagração sejam transformadas no corpo de Cristo. Nele se leva a comunhão para os fiéis; e nele se guardam a hóstias consagradas que sobraram, depositando-o no sacrário. Só deve ser levado para o altar durante a preparação das oferendas e não deve permanecer sobre o altar após a comunhão. A píxide é uma espécie de recipiente, mais raso que o cibório, mais semelhante a um prato que exerce a mesma função que o cibório durante a Missa. Se houver píxide não se o cibório.

 

PATENA: Vasilha em forma de pratinho redondo, onde se coloca a hóstia grande que o padre usa durante a consagração a fim  de que possa ser vista por todos os fiéis.

 

OSTENSÓRIO OU CUSTÓDIA: Estojo redondo, dourado ou prateado, quase sempre artisticamente emoldurado, com um pedestal e suporte, que tem a função de porta-hóstia. Serve para expor o Santíssimo Sacramento (a hóstia consagrada) no altar e para conduzi-lo em procissão pelas ruas. Na bênção solene, os ministros ordenados (e somente eles) traçam, com o ostensório, o sinal-da-cruz sobre os fiéis.

 

TECA: Pequeno estojo redondo, ou caixinha dourada ou prateada, usado para levar a comunhão às pessoas doentes ou idosas.

 

SANGUÍNEO: Pano branco em forma retangular, usado para purificar o cálice e o cibório após a comunhão. Recebe este nome porque é usado principalmente para purificar o cálice que contém o sangue de Cristo.

 

CORPORAL: Pano branco em forma de quadrado, que se estende na mesa da celebração no momento da preparação das oferendas. É sobre ele que se coloca o cálice, a patena, o sangüíneo e o cibório. O corporal recebe este nome porque sobre ele é colocado o corpo de Cristo durante a consagração. Devemos manuseá-la com cuidado a fim de que os pequenos pedaços de hóstia contidos dentro dele não se percam.

 

PALA: Cartão quadrado, revestido de pano, utilizado para cobrir o cálice durante a Missa, a fim de que não caiam impurezas dentro do vinho a ser transformado no sangue do Senhor.

 

MANUSTÉRGIO: Pequena toalha usada pelo celebrante e ministro da Eucaristia para enxugar as mãos após o lavabo na preparação das oferendas.

 

JARRO E BACIA: Usados para o lavabo (purificação das mãos).

 

GALHETAS: São pequenas jarrinhas onde se depositam, numa, água e em outra, vinho, a fim de leva-los ao altar no momento da preparação das oferendas para serem colocados (água e vinho) dentro do cálice para a consagração. As galhetas não devem ficar sobre o altar, mas permanecem na credencia. Quase sempre são de vidro, podendo também ser de metal ou de louça.

 

CREDÊNCIA: É uma pequena mesa onde ficam depositados os objetos sacros, usados durante a missa e demais cerimônias litúrgicas. A credência deve se encontrar um pouco afastada do altar, e seus objetos só devem ser levados ao altar pelo ministro no momento em que forem usados.

 

TÚNICA: Veste longa usada pelo celebrante e também pelos acólitos, por ocasião das celebrações. Ao vestir a túnica, o presidente da assembléia reveste-se da pessoa de Cristo; exercendo a função de "Cristo cabeça" ao dirigir a assembléia.

 

ESTOLA: Paramento usado pelo padre ou diácono sobre os ombros, por cima da túnica, representando a dignidade sacerdotal e diaconal. A cor da estola varia de acordo com o tempo e circunstância da liturgia: verde, branca, vermelha e roxa.

 

CASULA: Veste sacerdotal igual a uma capa que é usada sobre a túnica durante as missas. A cor varia conforme o tempo ou circunstâncias litúrgicas: branca, verde, vermelha e roxa.

 

CÍRIO-PASCAL: Vela grande, acesa durante a celebração da Vigília Pascal, representando o Cristo ressuscitado. Permanece aceso em todas as celebrações durante o tempo pascal.

 

ASPERSÓRIO: Instrumento (pequeno bastão) usado para aspergir os fiéis com água-benta. Assim, os fiéis recebem a bênção de Deus e, ao mesmo tempo, são purificados de seus pecados, lembrando a água do batismo.

 

TURÍBULO: Vaso de metal onde se colocam brasas, para queimar o incenso. São incensados o altar, o livro dos evangelhos, o crucifixo, o santíssimo sacramento, o presidente da celebração e a assembléia, em dias festivos.

 

NAVETA: Pequeno vaso de metal (a maioria em forma de navio) onde se guarda o incenso que deverá ser queimado. Dentro dele, há uma pequena colher de metal utilizada para apanhar o incenso e coloca-lo sobre as brasas, no turíbulo.

 

INCENSO: Resina aromática extraída de várias árvores. Queimado no turíbulo durante a celebração, simboliza a oração do povo, que sobe a Deus como perfume agradável. Também é sinal de adoração a Deus, de veneração aos santos e de honra aos participantes da assembléia litúrgica. Quando utilizado no início da santa missa, delimita o lugar sagrado e dá solenidade à celebração.

 

LECIONÁRIO (DOMINICAL, SEMANAL E SANTORAL): O Lecionário é o livro que contém as leituras, salmo e Evangelho, proclamados durante a missa. O Lecionário Semanal é usado nas missas durante a semana, o Lecionário Dominical, nas missas celebradas no domingo e o Lecionário Santoral, nas missas em memória dos santos.

 

MISSAL: É um livro que contém todo o formulário e todas as orações usadas na celebração da missa, para todo o ano litúrgico. Fitas marcadoras indicam as diversas partes da celebração e pequenas orelhas nas páginas mais usadas auxiliam o ministro a virá-las. É usado pelo que preside a celebração.

 

OS RITUAIS: Além dos lecionários e do missal, apresentados acima, existem os Rituais, que são utilizados na celebração dos diversos Sacramentos. São eles o Ritual do Batismo, o Ritual da crisma, o Ritual da unção dos enfermos, o ritual da penitência (o sacramento da Confissão), o Ritual do matrimônio, além do Ritual das bênçãos, que o padre usa nas diversas bênçãos.

 

SACRÁRIO OU TABERNÁCULO: Lugar onde se guardam as hóstias consagradas, destinadas aos doentes ou para fins de adoração. Uma luz sempre acesa deve permanecer perto dele para indicar a presença de Jesus sob as espécies do pão consagrado. Quando se passa diante do sacrário deve-se fazer uma genuflexão, em sinal de adoração e de profundo respeito. Somente os sacerdotes, os diáconos e os ministros extraordinários da comunhão podem abrir e fechar o sacrário.