Créditos: Padre Cristovam Iubel
NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento está formado por 27 livros, e se divide em quatro partes:
"Evagelhos", "Atos dos Apóstolos", "Epístolas" e "Apocalipse".
Nas origens da Igreja, a regra da fé se encontrava no ensinamento oral dos Apóstolos e primeiros evangelizadores.
Passado o tempo, sentiu-se a urgência de consignar por escrito os ensinamentos de Jesus e os traços ressaltantes da sua vida. Esta foi a origem dos Evangelhos.
Por outro lado, os Apóstolos alimentavam espiritualmente os seus fiéis mediante cartas, segundo os problemas que iam surgindo. Esta foi a origem das Epístolas.
Ademais circulavam entre os cristãos do primeiro século mais duas obras de personagens importantes: "Os Atos dos Apóstolos", escrita por Lucas, e o "Apocalipse", saído da escola de São João.
Ao final do século I e começo do II, o número de livros da coleção variava de um Igreja a outra.
Na metade do século II, as correntes heréticas do Marcionismo (que afirmava únicamente o Evangelho de Lucas e as 1 Epístolas de Paulo tinham origem divino), e do Montanismo (Montano pretendia introduzir como livros santos seus próprios escritos), urgiram a determinação do Cânon do Novo Testamento.
Por volta do final do século II, a coleção do Novo Testamento era quase a mesma nas Igrejas do Oriente e Ocidente.
Nos tempos de Agustinho, os Concílios de Hipona (393) e de Cartago (397 e 419) reconheceram o Cânon de 27 livros, assim como o do Concilio de Constantinopla (692) e o Concílio Florentino (1441).
Com a chegada do protestantismo, quiseram renovar antigas dúvidas e excluíram alguns.
Lutero rechaçava Hebreus, Thiago, Judas e o Apocalipse. Carlostadio e Calvino aceitaram os 27. Os protestantes liberais não costumam falar de "livros inspirados", mas de "literatura cristã primitiva".
No Concílio de Trento foi apresentado oficial e dogmaticamente a lista íntegra do Novo Testamento.
O critério objetivo e último para a aceitação do Cânon do Novo Testamento será sempre a revelação feita pelo Espírito Santo e transmitida fielmente por ela.
Em quanto aos critérios secundários que se tomaram em conta, foram os seguintes:
1.- Sua origem apostólica (ou de geração apostólica).
2.- Sua ortodoxia na doutrina.
3.- Seu uso litúrgico antigo e generalizado.