O jejum é a fome que temos de Deus...

"(...) estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. (...) Ah! Senhor, estejam, pois, atentos, os Teus ouvidos à oração do Teu servo e à dos Teus servos que se agradam de temer o Teu nome;" (Neemias, 1.4b,11a)

John Piper definiu jejum como fome de Deus. Nossas maiores necessidades não são as bênçãos de Deus, mas o Deus das bênçãos. Nossa alma tem fome e sede d'Ele, que colocou a eternidade em nosso coração. Só Ele pode dar pleno significado à nossa vida e satisfazer a nossa alma. Ambos, comer e jejuar devem ser feitos para a Sua glória (I Coríntios, 10:31).

O comer lembra-nos os dons de Deus; o jejuar, o Deus doador. Jejum é privação voluntária do pão da terra, para alimentação com o pão do céu. Quando comemos, nós testamos o emblema do alimento celestial, o Pão da Vida. E quando jejuamos, dizemos: "Eu amo a realidade acima do emblema".

O maior inimigo da fome de Deus não é veneno, mas uma "torta de maçã". Muitas vezes, o que nos priva da fome de Deus não é o veneno do mal, mas os simples prazeres da terra (Lucas 8:14; Marcos 4:19). "Os prazeres desta vida" e "os desejos por outras coisas" - não são necessariamente coisas más em si mesmas. Não são vícios. São dons de Deus. Essas coisas podem ser a nossa refeição básica, leitura, viagens, negócios, televisão, internet, compras, exercícios, esportes, namoro, casamento... todas elas, boas em si mesmas, podem ser mortais substitutas de Deus para a nossa alma.

Nosso amor por Deus é provado não apenas por palavras, mas sobretudo, pelo sacrifício. Realmente temos fome por Deus? Sentimos saudade de Deus? Ou temos ficado contentes apenas com os seus dons? Richard Foster diz que mais do que qualquer outra disciplina, o jejum revela as coisas que nos controlam. O jejum revela a medida do domínio do alimento, da televisão, do computador, ou qualquer outra coisa sobre nós.

Quanto mais profundamente nós andamos com Cristo, mais fome de Cristo nós sentimos, mais saudade do céu sentimos, mais desejo da plenitude de Deus nós temos. Quanto mais jejuamos, mais sentimos o sabor do pão celestial, mais desejamos o domínio do céu sobre a nossa vida na terra. Que o Reino de Deus seja estabelecido em nosso coração. É tempo de jejuar! O jejum é o maná do céu para a nossa alma. Através dele, nos humilhamos diante do trono do Deus vivo, nos voltamos de coração para Ele. Através do jejum somos fortalecidos com poder, podemos ver a restauração e o despertar da nossa igreja, participamos dos banquetes do Senhor e saboreamos as doces iguarias do céu!