esmeraldom moacyrdom

 

Ao entardecer do dia 03 de março de 2012, pudemos participar, no Pedacinho de Chão, de uma celebração eclesial plena de significado. Uma daquelas celebrações que nos revitalizam, confirmam e aumentam nossa alegria de sermos cristãos no contexto de uma Igreja-comunidade. Não se tratou apenas da posse do novo arcebispo de Porto Velho, D. Esmeraldo Barreto de Farias, ou de uma homenagem de gratidão ao velho pastor, D. Moacyr Grecchi. Prefiro afirmar que foi uma celebração de profunda comunhão entre o pastor que se torna emérito, o seu sucessor, a comunidade-igreja e a sociedade.

Esse clima de comunhão vinha sendo sentido desde os primeiros momentos do anúncio do novo bispo até os últimos detalhes da preparação da festa de transmissão de cargo. Foi tudo amplamente divulgado nos meios de comunicação social e nas conversas das pessoas. Lideranças católicas de vários lugares do Brasil e autoridades do lugar se juntaram ao povo nessa bonita festa da unidade.

D. Esmeraldo nasceu em 04 de julho de 1949, na comunidade de Bonfim, município de Santo Antônio de Jesus, Diocese de Amargosa, na Bahia. Foi ordenado sacerdote em 1977. Exerceu, entre outros ministérios, a função de pároco, coordenador de Pastoral Rural, diretor espiritual do Seminário em Ilhéus e coordenador nacional da Associação dos Padres do Prado. Em 11 de junho de 2000 foi nomeado bispo para Paulo Afonso - BA. Em 22 de abril de 2007 assumiu a Diocese de Santarém - PA. Integrou-se rapidamente na Igreja presente na Amazônia, procurando conhecer sua história e realidades. Isso foi possível constatar quando de sua participação no XII Intereclesial das CEBs celebrado em Porto Velho, em 2009.

A transferência de D. Esmeraldo para Porto Velho realizou o desejo de D. Moacyr que não se cansa de agradecer esse dom recebido. Esse sentimento de admiração e reconhecimento é recíproco, pois ambos o expressam nas palavras e atitudes. Um sentimento bom que se propaga na comunidade eclesial que é chamada a ser sinal de comunhão em uma sociedade, por vezes, tão fragmentada e competitiva.

Seria errôneo dizer que Porto Velho perdeu D. Moacyr e ganhou D. Esmeraldo no seu pastoreio. Vale ressaltar que o bispo emérito aceitou o pedido de seu sucessor para continuar em Porto Velho, ajudando a Igreja da Amazônia com sua presença, experiência, sabedoria e voz profética. Repetiu-se o mesmo gesto antes feito por D. Moacyr quando convidou D. Antonio Possamai, bispo emérito de Ji-Paraná, a vir morar na cidade. Foi, portanto, bonito, emocionante, significativo e profético que a entrega do báculo ao novo bispo tenha sido feito por D. Moacyr e D. Antonio. Bons pastores do passado e do presente unidos no mesmo objetivo de animar o povo de Deus em direção a um futuro abençoado de maior comunhão, participação e incisão eclesiossociais numa das regiões mais bonitas e cobiçadas do Planeta.

Fiquei feliz com a felicidade de D. Moacyr em poder dar boa continuidade à missão que exerce na Amazônia, como bispo, há 40 anos: 27 anos na Prelazia, depois Diocese de Rio Branco - AC, e 13 anos na Arquidiocese de Porto Velho. Um homem verdadeiramente apaixonado por Jesus Cristo e que traz sempre Maria Santíssima no seu coração.

E destaco a mensagem de D. Esmeraldo ao dizer: Quando Deus guia a nossa vida é Ele quem sabe o que vai acontecer... é importante trabalhar em comunhão. Eu não vim para substituir D. Moacyr, uma árvore grande e preciosa da e na Amazônia. Eu me considero uma pequena planta a escutar o que Deus tem a me dizer na condução de uma Igreja em missão. Conte com nossa sintonia, apoio e prece!                                                                  Fraternalmente, Ir. João Gutemberg, marista

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