Desde o século IV o costume de peregrinar à Terra Santa tornou-se freqüente entre os cristãos. De todos os lugares a cristandade se deslocava para ir a Jerusalém a fim de visitar o Santo Sepulcro e os lugares por onde Jesus esteve e ensinou. A Terra Santa era um lugar de peregrinação e um ponto de atração da piedade. Ao longo dos séculos as peregrinações faziam a cristandade marcar sua presença nas visitas aos lugares sagrados. Até mesmo os mais humildes, como os servos da gleba (homens do campo) que quase nunca podiam abandonar seus afazeres, gozava do direito de sair da sua terra para realizar uma peregrinação, sem que ninguém lhe opusesse.

 

Aconteceu que a expansão árabe no século VII fez perecer as numerosas comunidades cristãs na Síria, na Palestina e no Norte da África. Os muçulmanos, como já vimos antes, empreenderam uma guerra de conquistas levando a fé maometana aos lugares que dominavam. Logo no início dessa expansão, no ano 638, Jerusalém foi ocupada e a uma parte dela foi transformada em cidade árabe muçulmana. As condições dos cristãos que lá viviam e também daqueles que iam visitar a Terra Santa tornaram-se muito difíceis. A cristandade não se dobrou à fé muçulmana e o sofrimento então começou. Eram hostilizados pelos invasores e agora senhores da situação e pesados tributos lhes eram impostos além de restrições de toda espécie.

 

A tensão entre cristãos e muçulmanos foi algumas vezes abrandada como ocorrente no início do século VIII num acordo feito entre Carlos Magno, imperador do Sacro Império Romano Germânico e o Califa Harun Al Rashid, de Bagdá, senhor daquela região. Esses pactos, infelizmente nem sempre eram respeitados, como aconteceu mais tarde, no ano 1009, com o Califa Hakim, fundador da religião drusa (uma dissensão no Islã) que mandou destruir a basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém e durante dez anos moveu uma perseguição atroz aos cristãos e também aos judeus que por lá habitavam.

 

Um fato novo dentro do Islã veio marcar ainda a já atribulada vida que os cristãos levavam nos lugares sagrados: O império árabe estava em declínio e abrigava várias raças e povos diferentes unidos apenas pela fé em Alah. No ano 1055, um desses povos, os turcos sedjúcidas, conquistaram o Oriente Próximo e em seguida o Califado de Bagdá lhes caía nas mãos. Começaram eles a dominar todo o império árabe. Emergiam agora como os senhores da situação sob a bandeira do Islamismo. O império que os árabes conquistaram passava agora para as mãos dos turcos. No ano de 1071, Jerusalém caía em suas mãos. Os cristãos da Terra Santa que já sofriam com os árabes, sofrerão uma opressão bem pior nas mãos dos turcos. Os peregrinos que iam à Terra Santa, voltavam e narravam no Ocidente e ingrata situação em que se achavam os irmãos e os santuários da Terra Santa de Cristo. A situação dos cristãos sob domínio turco era dolorosa: A celebração das festas cristãs lhes era proibida, quando se sabia que era dia de uma festa cristã eles (os muçulmanos) os obrigavam a trabalhar mais sob jugo e força. Nesses dias era proibido aos cristãos saírem de suas casas. Nem mesmo em suas próprias casas os cristãos tinham paz e nem segurança pois se atiravam sobre elas grandes pedras e pelas janelas lançavam excrementos, lama e toda espécie de lixo. Se algum cristão dissesse uma só palavra que desagradasse aos muçulmanos era arrastado à prisão e lhe cortavam o pé ou a mão. Outras vezes os bens dos cristãos eram confiscados pelo califa ou pelo sultão.

 

Os incrédulos tomavam os filhos e filhas dos cristãos e com eles faziam o que bem entendiam: mediante golpes violentos ou por adulação, constrangiam os jovens a abandonarem a fé em Cristo. Uma infinidade de vexames e desgraças estava sujeito o povo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra Santa, ocupada pelos turcos.

 

Também peregrinar aos lugares sagrados, agora era risco de vida. As condições de peregrinação eram extremamente penosas. Os peregrinos eram aprisionados e lançados no cárcere. Eram por vezes seqüestrados em troca de resgate e torturados durante a viagem. Um dos relatos mais impressionantes foi o do Bispo Bünther, de Bamberg na Alemanha, que seguira em peregrinação aos lugares sagrados com milhares de fiéis e aproximando-se de Jerusalém sofreu um duro ataque dos beduínos durante três dias. Esses fatos corriam de boca em boca  e assombravam a todos na Europa. Era doloroso para os cristãos saberem que eram profanados os lugares santos pelos muçulmanos e que padeciam os irmãos que estavam em Jerusalém e nos arredores. Era preciso fazer alguma coisa para defender a Terra Santa.

 

Assim surgiu o movimento das cruzadas na Idade Média: O Papa Urbano II, no último dia do Concílio de Clermont, na França, no ano de 1095, expôs aos bispos, padres e cavaleiros ali presentes a triste situação dos lugares sagrados, dos terríveis tormentos que estavam passando os cristãos que lá habitavam e da triste sorte dos peregrinos que caíam nas mãos dos muçulmanos. O papa pede então que todos se unam e façam alguma coisa para libertar o Santo Sepulcro, a cidade santa de Jerusalém e os lugares sagrados das mãos dos turcos pagãos, inimigos do cristianismo. Assim reis e príncipes de toda a Europa (França, Inglaterra, Itália Alemanha, etc...) se reuniram para organizar expedições militares que marchassem para o Oriente Médio a fim de combater os turcos e libertar a Terra Santa de suas mãos. Essas expedições militares foram chamadas de "cruzadas" e duraram de 1095 a 1270. Os povos medievais dedicavam grande devoção ao Santo Sepulcro do senhor tendo-o como o maior santuário do mundo cristão e as notícias que chegavam davam conta que os seguidores de Maomé o expunha a todo tipo de vexames. Pode-se entender assim como todos se atiraram de corpo e alma atendendo aos apelos do Papa Urbano II, para se engajarem nas fileiras dos exércitos que defenderiam a Terra Santa. E assim começaram as cruzadas naquele ano de  1095 e que seriam nove ao todo até a última em 1270.

 

Logo após a pregação do Papa Urbano II pôs-se em marcha a primeira cruzada, também chamada de "cruzada popular", formada por um grupo muito impaciente de umas quarenta a cinqüenta mil pessoas. Estes tinham também ouvido a pregação de um monge chamado Pedro, o Eremita que estivera na Palestina e viu de perto a situação em que se encontravam os cristãos nas mãos dos turcos. Quando de lá retornou, Pedro, o Eremita, percorreu a França e a Alemanha narrando a todos o tormento dos cristãos e o que ele próprio passou nas mãos dos turcos. Tudo isso serviu para incendiar ainda mais o ardor da Cristandade na Europa para libertar os santos lugares da mão dos infiéis.

 

Ora, ainda estava se organizando um exército adequado com forças dos diversos países da Europa quando essa afoita cruzada popular se pôs em marcha para o Oriente munida apenas de força de vontade e nada mais. Não havia nenhum preparo militar e nem equipamentos adequados. Os que marchavam eram pessoas comuns, sem qualquer habilidade e destreza para a guerra. Mesmo assim se precipitaram nessa desastrada expedição tendo como líderes o próprio monge Pedro, o Eremita, e um cavaleiro de extrema pobreza chamado Gautier "sem haveres". Foi um desastre total !

 

Depois de meses de uma longa viagem, quase todos pereceram nas mãos dos turcos e poucos escaparam. Nada conseguiram com a desorganizada expedição. Essa aventura popular não chegou a ser contada entre as cruzadas.

 

A primeira grande cruzada partiu da Europa logo em seguida com um milhão de pessoas. Foi a chamada "cruzada dos Senhores" pois com ela foram nobres de vários países da Europa. Muitas dificuldades encontraram os cruzados pelo caminho. As armas daquela época eram o arco e a flecha, lanças, armaduras, espadas, entre outras, e os soldados seguiam a pé ou à cavalo de modo que a viagem era penosa. Doenças, calor asfixiante, fome e sede torturavam os cruzados. Muitos iam morrendo pelo caminho e com isso o exército diminuía. Mesmo assim, após dois anos e meio de viagem travou-se uma batalha para retomar a cidade de Antioquia defendida por 400 torres e altas muralhas. A duras penas Antioquia foi conquistada e em seguida o exército cristão seguiu para a Palestina. Finalmente avistaram Jerusalém. Já faziam três anos que haviam partido da Europa e só agora avistavam a cidade santa. O exército cristão não tinha agora mais do que 40 mil soldados e as forças turcas que defendiam a cidade eram muito maiores. Contudo o assalto foi iniciado numa sexta feira, 15 de julho de 1099, às três horas da tarde, hora que Jesus tinha morrido. A luta foi terrível, uma carnificina sem tréguas! Após uma batalha sangrenta, os cruzados finalmente entraram em Jerusalém e conquistaram-na. Os turcos foram vencidos e expulsos. Os cruzados libertaram a cidade santa e fundaram ali o Reino Latino de Jerusalém. Em seguida ofereceram a coroa a um de seus líderes, Godofredo de Bulhões, que comandara a expedição mas este recusou o título de rei e disse que não poderia colocar uma coroa de ouro na cabeça no mesmo lugar onde o Salvador Jesus Cristo tinha recebido uma de espinhos. Assim, ele preferiu ficar apenas com o título de Barão e Defensor do Santo Sepulcro.

 

A libertação de Jerusalém infelizmente durou pouco. Os turcos voltaram pouco tempo depois e após de expulsarem os exércitos cristãos que ali tinham ficados, retomaram Jerusalém. A partir daí outras cruzadas foram sendo organizadas.         A 2ª cruzada partiu do ocidente em 1147 e foi pregada por São Bernardo, o grande santo mariano, que exortou o Rei Luís VII da França e o imperador da Alemanha, Conrado III, a empreendê-la. Esses dois monarcas tomaram a cruz sobre si e fundiram suas tropas num só exército. Fracassaram em sua tentativa  pois não conseguiram tomar nem mesmo Damasco. Vencidos pelos turcos, retornaram sem êxito em 1149.

 

Organizou-se então a 3ª cruzada com três soberanos: Felipe Augusto, rei da França, Frederico Barbarrôxa, imperador da Alemanha e o Rei Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra. Estes atendendo a um apelo do Papa Urbano III, apresentaram-se para partir em 1187. Esta era bem organizada. Os alemães seguiram por terra e chegaram até a Ásia Menor mas seu imperador, Frederico Barbarrôxa, morreu afogado nas águas do Rio Gydnus, na Cilícia. Seu exército se dispersou e voltou no ano 1190. Já os reis da Inglaterra e França seguiram por mar e depois de conquistar Chipre desembarcaram em São João D'Acre, na Palestina, e a conquistaram. Mesmo tendo alcançado a Palestina esta cruzada não consegue retomar Jerusalém. Felipe Augusto, doente, teve de retornar à frança e Ricardo Coração de Leão teve de retornar à Inglaterra porque seu irmão, o Príncipe João Sem Terra, que havia ficado em seu lugar como regente, usurpara-lhe o trono. Na viagem de volta, Ricardo foi aprisionado pelos austríacos que o entregaram ao novo imperador da Alemanha e só foi libertado após os ingleses pagarem valioso resgate.

 

 

A 4ª Cruzada foi organizada pouco depois. O Papa Inocêncio III (1198-1216) aspirava ardentemente libertar Jerusalém das mãos dos turcos e suscitou a nova expedição que partiu em 1202. Seus líderes eram Felipe da Suábia, Thibaut de Champagne, Balduíno de Flandres e Bonifácio de Montserrat. Como se pode ver a liderança era predominantemente francesa. Os venezianos se ofereceram para fazer o transporte marítimo da cruzada e se deram como pagos com a tomada de Zara. Essa cruzada se desviou de seu objetivo que era a Terra Santa e se dirigiu para Constantinopla. Chegando lá encontraram uma disputa interna entre o Imperador Bizantino Isaac II e o usurpador Aleixo III. Os cruzados intervieram na disputa e, com a ajuda dos venezianos, tomam Constantinopla em 1204. Depois de a saquearem, fundaram um Império Latino no Oriente tendo Constantinopla como sua capital. Esse reino latino iria durar até 1261 quando Miguel Paleólogo retomaria Constantinopla reabilitando o Império Bizantino.

 

Depois dessa organizou-se a 5ª cruzada que esta era composta somente de crianças. Seus mentores achavam que os turcos teriam piedade e não maltratariam as inocentes crianças e lhes entregariam os lugares sagrados. Essa cruzada foi encabeçada por um jovem pastor chamado Estêvão que se dizia "enviado de Deus". Assim em 1212 um exército de 30 mil crianças embarcou em Marselha, na França em direção à Terra Santa seguindo pelo mar. Esta foi a mais infeliz das idéias! Dois condutores da frota haviam se comprometido a transportar as crianças gratuitamente mas o que ninguém poderia imaginar era que tinham planos diabólicos: desviaram-se da rota e venderam as crianças aos mercadores de escravos do Egito. A maioria delas acabou morrendo e somente um pequeno número delas recuperou, mais tarde, a liberdade.

 

A 6ª cruzada foi uma nova iniciativa do Papa Inocêncio III e decidida pelo Concílio de Latrão de 1215. Os cruzados partiram em 1217 em direção à Terra Santa. Era comandada pelo Rei André II, da Hungria, e formada sobretudo por alemães e húngaros. Desembarcaram em Acre mas foram derrotados pelos turcos diante do Monte Tabor. Bateram em retirada e voltaram-se para o Egito onde novamente investiram sobre os muçulmanos. Conseguiram tomar Damieta e ali se estabeleceram entre 1219 e 1221. Uma grande enchente do rio Nilo, que os cristãos não previam, obrigou os cruzados a abandonarem Damieta em 1221.

 

A 7ª Cruzada foi uma iniciativa do papa Honório III, em 1223, mas só pode ser realizada bem mais tarde, em 1228, e foi chefiada pelo Imperador da Alemanha, Frederico II, que estava excomungado pela Igreja mas mesmo assim empreendeu a expedição para a Terra Santa. Este, não conseguiu nenhum resultado brilhante mas em compensação conseguiu fazer um acordo com o sultão e obteve a posse de Jerusalém por dez anos. O próprio Frederico II, à revelia do papa, se coroou rei de Jerusalém e a deteve, por algum tempo, sob seu controle. Todavia, pouco depois o sultão violou o acordo e atacou Jerusalém retomando-a. Esta volta mais uma vez às mãos dos turcos.

 

As duas últimas cruzadas foram chefiadas pelos bom e piedoso Rei Luís IX, da França. A 8ª Cruzada foi decidida no Concílio de Lyon em 1245. Luís IX partiu da França com seu exército dirigindo-se ao Egito. Em 1249 conquista novamente Damieta e segue em direção à Mansurah onde sofre uma derrota ante os turcos. Depois de recuar para Damieta, o Rei Luís é capturado pelos  muçulmanos durante a retirada. É libertado depois em troca de Damieta e regressa à Europa. A 8ª Cruzada acaba em fracasso em 1254.

 

 

Em 1268 chega à Europa a notícia da queda de Antioquia, na Síria, ainda conservada pelos cristãos e agora reconquistada pelos turcos. Mais uma vez Luís IX, da França organiza uma expedição. Esta será a nona e última cruzada. Partem em direção ao oriente no ano de 1270. Desta vez investem contra Túnis, no Norte da África. Durante o cerco à cidade de Túnis, o Rei Luís IX cai gravemente enfermo com peste e ali morre. Seu exército se retira e retorna à França depois que o Rei da Inglaterra, Eduardo I, negocia o fim das hostilidades com o sultão. Termina em fracasso mais esta tentativa, que seria a última, de livrar os lugares santos das mãos dos turcos muçulmanos.

O Rei Luís IX, da França, não por causa desses empreendimentos, mas por sua vida íntegra, piedosa e temente a Deus, foi depois canonizado santo da Igreja e elevado à glória dos altares como São Luís IX, da França, e seu dia é celebrado a 21 de agosto.

 

Após as expedições de Luís IX da França, as cruzadas cessaram. Todo ideal de valentia dos cavaleiros daquela época associados à fé cristã e o zelo para defender os lugares santos ficaram para a história como uma epopéia de sonhos e de glória que marcaram uma época. Contudo as cruzadas não foram totalmente inúteis. Elevaram os ideais sobre o cavalheirismo e a fidalguia, colocaram os homens ocidentais em contato com novas idéias, e novas invenções, provocaram um ressurgimento do comércio que faria depois crescer as cidades ocidentais. Além disso há que se observar a fé e o amor dos cristãos da Idade Média que recorreram às armas para defender aquilo que para eles era mais sagrado: a Terra Santa.

 

Hoje talvez, muitos cristãos hesitariam em fazê-lo e seriam até propensos em condená-lo. Hoje certamente haveria outros meios, mas naqueles tempos, considerando a distância e as dificuldades, o homem da época, a cultura e a dificuldade de superação das divergências, compreende-se que era necessário recorrer às armas para se preservar os valores e o bem comum. E naqueles tempos, recorrer às armas em tais circunstâncias era louvável. Fugir delas merecia censura.

 

As cruzadas não conseguiram devolver aos cristãos a posse definitiva da Terra Santa. Mas trouxe os benefícios que já mencionamos além  de suscitar o surgimento de Ordens Religiosas de caráter militar-religioso como as ordens dos  Templários e dos Hospitalares, que deveriam proteger os peregrinos e a cristandade em geral naquelas regiões. O contato com árabes, gregos e bizantinos foi bom para o Ocidente no plano cultural e científico pois ocasionou o incremento para a matemática, a medicina, a indústria, o comércio e outros ramos de atividade humana. Ficou ainda uma reflexão: Por que o Senhor Deus permitiu que a terra santa caísse nas mãos dos muçulmanos? Porque os exércitos cristãos não conseguiram recuperá-la das mãos dos infiéis depois de tanto sacrifício?

 

A resposta que encontravam era que talvez o insucesso se devesse aos pecados do cristianismo. Mas só com o passar do tempo é que se viu que o que importava no plano de Deus não era a recuperação de Jerusalém e da Terra Santa. Ela permaneceria lá, ainda que nas mãos dos infiéis. O que importava era o amadurecimento da cristandade, o lado positivo que o contato com esses povos trouxe para o ocidente, como acabamos de ver. Deus não faz o mal, mas de um grande mal feito pelo homem ele faz um grande bem. No tempo certo a Terra Santa seria libertada e os cristãos poderiam ir visitá-la livremente.

 

 

Assim a cidade de Jerusalém e toda a região da Palestina, Síria e arredores ficaram mesmo nas mãos dos turcos. O Império Turco cresceu nos séculos seguintes e expandiu-se até à Europa Central levando a bandeira com a meia lua de Alah às regiões conquistadas. Eles conseguiram deter o controle da Terra Santa até o início do século XX (bastante tempo, portanto) quando lutaram na primeira Guerra Mundial (1914-1918) ao lado dos alemães e foram derrotados pelos aliados.

 

Ainda durante a guerra, Jerusalém foi ocupado pelos ingleses em 1917. No ano seguinte, 1918, os exércitos inglês e francês derrotaram os turcos e fizeram com que o sultão pedisse a paz. Ingleses e franceses retomam. Dos turcos todo o oriente e a Terra Santa é finalmente libertada quase setecentos anos depois da última cruzada. Nos dias atuais os lugares santos estão espalhados por vários países do oriente Médio e Jerusalém é hoje a cidade Santa para cristãos, judeus e muçulmanos.