A Escatologia no Islamismo é marcada pelo fatalismo, na qual Alá detém a decisão final acerca do ser humano e seu destino. O dia do juízo final é um importante conceito e aparece com freqüência na literatura islâmica. Nesse dia o homem será julgado com base em suas obras. Alá pesará a s boas e as más obras numa balança. Dependendo das que pesarem mais haverá castigo ou recompensa. Porém não há um critério de justiça nessa avaliação. Alá pode perdoar quem ele quiser, especialmente se for um muçulmano. Existem muitos elementos judaicos e até cristãos misturados nas crenças muçulmanas, devido ao reconhecimento que o Islamismo faz dos eventos bíblicos, principalmente do antigo Testamento.
Há uma constante contradição entre a responsabilidade do ser humano em relação às suas obras e a predestinação determinada por Alá ou sua decisão arbitrária no dia do juízo final.
O céu e o inferno são realidades mencionadas no Alcorão, porém a descrição é pouco precisa. No dia do juízo, precedido de grandes catástrofes naturais, todos os mortos ressuscitarão e serão julgados por Alá. Os considerados bons poderão entrar no paraíso, onde descansarão em leitos de ouro, rodeados de virgens de olhos negros e de jovens que lhes oferecerão uma bebida clara que não provoca dor de cabeça, frutas e carne de aves. Não haverá outras palavras além de paz, paz (Alcorão 56).
Os considerados maus serão condenados ao fogo do inferno. Influências mais recentes têm incluído mais traços cristãos. Entre eles, a espera por um "Mihdi", um inspirador regente e líder espiritual, que irá "encher terra de justiça da mesma forma como ela agora é cheia de iniqüidade'. Fala-se também acerca de um Anticristo que surgirá no fim dos tempos.
Hammudah Abdalati, em O Islão em Foco, ensina:
"verdadeiro muçulmano crê no dia do juízo final. Este mundo acabará qualquer dia e os morto comparecerão ao juízo final (Quiyáma) eqüitativo. Tudo o que fazemos neste mundo, cada intenção nossa, cada movimento, cada pensamento, cada palavra, tudo é contado e registrado com cuidado. Tudo será considerado no dia do juízo final. Quem se evidenciou no bom caminho, será generosamente recompensado e generosamente recebido no céu. Enquanto quem assim cumpriu, não receberá os mesmos louvores. A verdadeira natureza do céu e do inferno e a descrição exata deles são conhecidos só por Deus. Existem descrições do céu e do inferno no Alcorão e nas Tradições de Muahmmad, mas não devem ser tomadas ao pé da letra".
