O coração é um músculo como tantos outros, porém segundo a interpretação bíblica ele é a sede dos sentimentos e das emoções. E por isso se tornou o símbolo do amor, da ternura, da paz e de todos os outros sentimentos humanos.

No coração reside também a intimidade do homem e o espírito de paixão com que fazemos as coisas com amor, dedicação e interesse.

 

E dentro desse quadro que vemos na Bíblia que também Deus tem um coração; não que ele tenha um coração físico, mas porque nutre um amor infinito pela humanidade, e por força desse amor é inclinado ao perdão.

Na 1a leitura de hoje, tirada do Livro do Porfeta Oséias, vemos que o amor de Deus vai muito além daqule dos homens: não obstante a sua ira em relação a Israel que se afasta dele para servir a outros deuses, ele afirma "Eu sou Deus, não homem" e que "o meu coração não permite que eu abandone Israel ao extermínio".

 

Em poucas palabras, o "coração de Deus" não é senão o Deus que ama.

Mas Deus teve também um coração físico, se considerarmos que, sempre por força do seu amor, decidiu encarnar-se pela humanidade assumindo um corpo e uma dimensão histórica; o coração de Jesus é justamente o coração divini que palpita pela humanidade.

 

Se dizemos que do coração derivam os sentimentos, Jesus "sentiu"e  sente amor e dedicação pelos sofrimentos humanos. E cada palavra, cada gesto, milagre ou ensinamento brotava desse coração amante que experimentava compaixão pelo leproso, que exultava diante da fé do publicano, perdoava o pecada da mulher adúltera, ensinava as multidões, abraçava as crianças, nutria compaixão pelos fracos e sofredores e finalmente se imolava sobre a cruz por nós.

 

O que realizava de fato Jesus em benefício da humanidade enquanto derramava seu sangue na cruz, se não a paixão? E o que quer dizer "paixão" se sofrimento e dores atrozes pela humanidade? Isso só podia brotar de um coração generoso, pronto a renunciar descer da cruz para expiar sobre o lenho os pecados da humanidade...

 

Analogamente, o coração de Jesus é como o de um enamorado que nutre afeto por sua amada: se é um amor sincero ele pulsa por ela e está disposto a qualque sacrifício para conquista-la; e em Oséias ....

 

e in Osea

l'atteggiamento d'amore di Dio nei confronti del suo popolo

traditore è appunto quello simile al corteggiamento operato da

un uomo verso la donna amata: "La condurrò nel deserto e parlerò

al suo cuore" (Os 2, 16)

In Cristo Dio si è mostrato davvero "innamorato" dell'umanità e

il sacrificio per essa lo ha realizzato sul patibolo di legno.

 

per mezzo dello Spirito"; cioè, non soltanto

noi siamo stati amati ma siamo stati resi anche capaci di amare

dello stesso amore divino e rinnovare sentimenti e pensieri

secondo la Sua volontà; in tal senso il nostro cuore è stato

orientato ad essere simile al cuore di Cristo; e saremo capaci

di amare soltanto se avremo i suoi medesimi sentimenti...

Perché allora non lasciare che sia "il nostro cuore" a decidere

delle nostre azioni? Perché non mettere un po' di "cuore" in

tutto quello che facciamo, ossia dedicarci ad ogni cosa con

sincero interesse e passionalità, specialmente quando si tratti

di propositi di bene che richiedono molta pazienza, sacrificio e

perseveranza?

Non sono molte le circostanze nelle quali siamo costretti a

subire umiliazioni, critiche e rimproveri immeritati e questo

suscita dissapore, malcontento e spirito di avversione e di

protesta... Tutto però si sopporta con pazienza ed è meritorio

di ricompensa se lo si guarda con lo stesso cuore con cui Cristo

ha sofferto e patito per noi.

"Avere cuore", "Usare cuore" "Avere il cuore in mano"...sono

tutte espressioni significative sì, ma assumono maggiore

rilevanza e infondono coraggio di eroismo apostolico allorquando

si parli non del nostro cuore "umano" ma del cuore di Cristo

spasimante per l'umanità.