A homilia faz transição entre a palavra de Deus na liturgia da palavra e a resposta a esta palavra. Normalmente ela é feita pelo presidente da assembleia, pois o sacerdote recebe pela imposição das mãos na ordenação o dom especial do Espírito Santo também para pregar o Evangelho. A homilia não pode também ser feita pelo diácono.  Em celebrações da palavra de Deus presidida por leigos não se faz homilia, mas um eventual exortação ou partilha da palavra de Deus.

 

A homilia distingue-se do sermão e da pregação missionária. Não constitui aula de exegese, nem de teologia ou de moral. A homilia constitui uma conversão sobre o mistério celebrado, em geral a partir das leituras bíblicas.  Tem por finalidade fazer  o confronto entre o mistério celebrado, evocado pelas leituras e a vida da comunidade celebrante. Realiza aquilo que aconteceu aos pés do Monte Sinai com o povo de Israel: "Se ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade exclusiva dentre todos os povos". O povo respondeu: " faremos tudo o que o Senhor falou" (Ex. 9).  Pela homilia o sacerdote evoca os benefícios de Deus e favor do homem. Desperta a fé, a esperança e a caridade. Ajuda a assembleia a confrontar sua vida com o plano de Deus que se torna presente na celebração.  Ajuda, portanto, a despertar a atitude de conversão.  Na homilia, o sacerdote anima o povo, exorta-o e se preciso o denuncia, mostrando a distância existente entre o ideal e a vida concreta do povo.

 

Temos mais dois aspectos que podem ser realçados.  Primeiro, a homilia evoca os benefícios de Deus ao homem, sobretudo em Jesus Cristo, razão ou motivo da ação de graças que segue.  Segundo, a homilia ajudará a despertar a atitude sacrifical dos membros da assembleia, atitude que consiste em entrar na própria atitude de Cristo diante do Pai, manifestada no mistério de sua morte e ressurreição: atitude de entrega, atitude de Filho muito amado.

 

Como se vê, a homilia é um elemento muito importante da celebração. Por isso não deveria ser omitida tão facilmente.

 

Após esta pequena exposição da homilia podemos examinar o desempenho de alguns padres ao fazerem a homilia dominical, elucidaremos pontos positivos e negativos, sugerindo uma possível alternativa.

 

Podemos observar que a dicção é um problema contínuo, o tom da voz não prende e seus gestos são mínimos como se estivesse amarrado ao ambão impossibilitado de se mover (até mesmo um pouco o pescoço).  Algumas vezes é longo de mais somente um tema de uma leitura se esquecendo sua inter-relação com as demais leituras da liturgia do domingo, se esquece, por conseguinte, de apresentar partes práticas que devemos tomar após este ouvir, interiorizar e colocar em prática da "Dabar".

 

Muitas vezes o padre não finaliza, mas deixava numa contínua perspectiva de final e logo em seguida iniciava novamente, é um subir e descer, sem um ponto.

 

Os aparelhos de som pouco auxiliavam o sacerdote para melhor desempenho da sua própria voz e melhor compreensão de todos.

 

A Igreja, no seu interior não inspira a oração, ajudando a uma rápida fuga mental do lugar, além de ser abafada ( o ar não circula, mesmo com os ventiladores ).

 

De fato, após várias missas, sempre ouvia a mesma reclamação "pena não podermos entender tudo o que o padre falou", mostrava-se assim que os fiéis queriam saber, estavam sedentos de Deus, mas não foi possível ouvir a Deus para colocar em prática como fez Maria ao saber da gravidez de sua prima, sai para servir.

 

Uma solução prática seria uma aula extra e particular para melhor pronunciar as palavras evitando atropelamentos graves. Outra seria o investimento maior na tecnologia do som das Igrejas, que não possuem, na maioria, acústica perfeita, com algumas raras exceções, como podemos citar o caso do Batistério em Pisa - Itália -  que possui uma acústica lindíssima e perfeita, outra também na Itália é uma capelinha em Fossato de Vico.

 

Como podemos ver há muitas maneiras, mas estas são do caso mencionado, e exemplos práticos são estas de Igrejas que não são novas, mas que possuem uma tecnologia e uma sutileza para resolver o problema que as atuais, parecem, que se esqueceram, infelizmente!

 

PERFIL DO PREGADOR:

 

 

 

a) Humildade At 18, 24 - 26

 

Eloqüência - nasce com ela

retórica - do bem falar

 

At 18, 27 - 28

Gn 24   Servo, amigo do esposo.

 

- Nós somos amigos do esposo, não somos o esposo;

- Não só falar de Deus, mas com deus;

- Falamos da esposa, a Igreja;

- Enamorar o noivo ( Jesus ), a noiva ( Igreja ), no fim as bodas  do Cordeiro;

- Devemos unir, não dividir;

- Orador prega Deus, não a si mesmo.

 

b) Receptor

 

- Ouve a Palavra do Senhor;

- Deve ouvir, saber escutar a Deus.

1Rs 3, 9

 

c) Saiba falar com Deus

"Falar   com Deus, mais do que de Deus"

 

d) Pescadores ( não agricultores ), somos sempre novos, não podemos cair na rotina.