1. Compare a estrutura da Igreja no século I com a hierarquia do século II, segundo os documentos patrísticos.

Apóstolos = todo aquele que pregava o Evangelho.

Por  que era Itinerante?

Há um prolongamento da ação apostólica pela ação de personagem (missionários, poder dado pela imposição das mãos dos Apóstolos / há uma espécie de presbitério itinerante) que lhe foram associados no mesmo ministério, dotados  de poderes espirituais, sem serem extraordinários, sob a orientação e poder dos Apóstolos (missionários = colaboradores que dependem dos Apóstolos). Estes formam um hierarquia itinerante.

Missionários:

pertencem à hierarquia institucional (após os Apóstolos), esta hierarquia  missionária tem uma ascendência sobre a local, devido a não constituição de quadros territoriais.

autoridade não era num plano territorial ou excludente a autoridade dos que são seus colegas no episcopado.

essencialmente missionários itinerantes.

NT

em formação, não receberam este nome.

os receptores dos carisma do apostolado, não só a designação de Apóstolos como  de episnmoi "ilustres entre os apóstolos", "distintos" (podem ser da hierarquia como leigos).

Apóstolos somente mais tarde para designar  um membro da hierarquia missionária, poder recebido da imposição das mãos os mesmo poderes que os presbíteros. Não têm o poder de promulgar a Revelação como os Doze e Paulo.

Paulo: "meus colaboradores" (Rm 16, 21; 2Cor 8, 23) e "companheiro de luta" (Fm 2).

Clemente: pessoas "eminentes".

Didaqué: dos apóstolos, dos profetas, dos doutores = encarregados sobretudo de ensinar. Há uma certa dignidade à São Paulo:  "Deus constitui na  Igreja, primeira apóstolo, segue profetas, terceiro doutores ..." (1Cor 12, 28).

Função própria dos apóstolos - testemunhar  por excelência Jesus Cristo e sua ressurreição, assim Pedro e Paulo e todos os outros onze. Desprovidos de privilégios especiais como inefabilidade e promulgar a revelação.

Os profetas:

Podem se fixar numa igreja particular. Função; ensinar em espírito, falar sob a influência de  Deus uma língua inteligível aos homens para os edificar, exortar, consolar e, caso necessário, revelar os mistérios. Eles tem uma certa posição na comunidade: são os sumo-sacerdotes, celebram a eucaristia, improvisam a  ação de graças e recebem as subvenções da comunidade sob a forma de primícias.  A comunidade controla a inspiração deles, somente para ver a autenticidade religiosa sobrenatural. Simultaneamente que julgam a comunidade, são eles julgados por ela, ou seja, são reconhecidos como profetas.

Doutores

Têm o dom carismático da ciência, isto é, acreditados por uma virtude sobrenatural para ensinar de forma ordenada e catequética. Professores de ciência religiosa.

"O importante não é acumulação cargos, mas saber atuar bem no seu cargo".

CLEMENTE  ROMANO

Conceito de Igreja:  Cristianismo disperso pelo mundo inteiro. Todos formam um povo etnos que Deus escolheu entre as nações e que pratiquem obras de santidade e que se "revistam  de unanimidade". Ordem e a  obediência (disciplina eclesiástica)  são comparadas  à disciplina militar. Igreja = exército; fiéis = soldados. Além de povo, assembléia, exército, Clemente  escreve que os fiéis são um corpo, corpo de Cristo (37, 5; 38, 1); rebanho de Cristo: "que o rebanho de Cristo viva em paz com os presbíteros constituídos". (24, 2).

O que é leigo (distingue dos Presbíteros). laikós = povo (laos).

O primeiro a  usar o termo é Clemente e o usa para distinguir dos episcopos (episcopoi) e diáconos (diaconoi) do conjunto do povo, conforme escreve nas cartas e ainda em outras passagens chamam estes chefes da comunidade como presbíteroi. Clemente  diz que este chefes não podem ser depostos pela comunidade por não terem dela recebido seus poderes. Foram-lhes transmitidos diretamente pelos apóstolos que, por sua parte agiram conforme a ordem de Jesus Cristo, o "Enviado de Deus" (42-44).  A "oferenda das  oblações" (44, 4) é mencionada como sua função mais importante.

Laikós: ikós, aparece no final do século V a.C. exprime  a pertença a um grupo ... possuindo um valor categorizante. Daí laikós aplicado a alguém que pertence ao "laós"  confere a este substantivo um sentido específico. Laikós designaria no interior do povo (láos) uma categoria em oposição a uma outra.

Papiros egípcios e no AT - Áquila, Símaco e Teodicião(aparece em 1Sm 21, 5): designa os pães não consagrados; a coisas, não a pessoas, o que não é consagrado, isto é, sua pertença ao povo, enquanto no interior deste povo existem coisas não "consagradas" a Deus.

Clemente evoca o AT onde se fala de consagração e não-consagração.  Laikós = pertença da pessoa ao povo de Deus, estabelecendo todavia uma distinção: ela não é consagrada para uma função.

vê-se vem este paralelo que ele traça entre a assembléia do AT e a cristã. Os epíscopos e diáconos sejam considerados como sacerdotes e levitas do AT, distintos  dos cristãos, nomeados leigos, pois estes não possuem uma consagração especial para uma função específica na Igreja.

INÁCIO DE ANTIOQUIA. Figura do Bispos (séc. II).

Hierarquia iluminada pela concepção de Igreja Inaciana, que é mistério vivo unido a Cristo.

Compreender as funções do bispo é mister compreender Igreja.

Igreja = Aliança de Unidade (expressão máxima da natureza divina e união com Cristo, com o próprio Pai pelo Espírito Santo)  de Amor (unidade "e caridade harmoniosa" = sinal do mistério trinitário, concretizadas na comunhão com o bispo e demais comunidades cristãs e no combate às heresias. Concordância  fundamental, unidade intrínseca = Igreja Católica. Carta   aos esmirnenses: "onde o bispo está, ali está a comunidade, com a presença de Jesus Cristo também nos assegura a presença da Igreja  Católica"  (8,2).).

Catholico: não é só presença da Igreja  por toda parte, mas sinal da unidade e verdade de Deus. Quanto mais ela é transparência da verdade e da unidade divinas, tanto mais ela proclama a sua catolicidade. Igreja = realidade divina e espiritual tornando-se presente na história pelo sistema episcopal com o Presbiterato e os diáconos. Hierarquia da Igreja é nela mesma proclamação do mistério de Deus. Sua força nasce da exigência na Igreja de comunhão com Deus e com os irmãos no serviço ao Evangelho. Hierarquia é sinal, na comunidade dos irmãos, da verdade e da unidade de Deus.

Fim do século I: consciência viva de que a função exercida pelos Apóstolos é essencial à vida da Igreja. Bispos sempre respeitados, por serem sucessores dos Apóstolos, perpetuam essa função na Igreja do Cristo.

Para Inácio, bispo é na Igreja de Cristo sinal de unidade e comunhão na caridade, função essencial a Igreja, desdobrada em duas outras: Governo e Ensino. Tudo leva à edificação da Igreja e à santificação dos seus membros culminando na Eucaristia.

Bispo "imagem de Deus Pai", diante de Deus a responsabilidade primeira é dos bispos; os presbíteros colabores seus, responsáveis codividem a solicitude da Igreja local no exercício do ministério em comunhão com o bispo.

Bispo "mestre da fé": Igreja local, bispo como Pai - recebe o ensinamento dos Apóstolos gerando a fé nos novos filhos de Deus - Pai por conservar a fé íntegra nos corações dos fiéis. Partícipes do espírito da verdade; Pai por desenvolver neles a fé , firmando a adesão ao Cristo, promovendo e garantindo a comunhão de todos.

Bispo "preside a Eucaristia": Igreja realiza-se de modo perfeito na Eucaristia, sendo o bispo presidente é a sua epitomização = nele toda a comunidade presente e ausente se encontra reunida no louvor de ação de graças a Deus (Ef 8,1: 20,2). Na Igreja local a presença do bispo é una e inteira, ele é seu vínculo de coesão interna e de comunhão com a Igreja universal. Função   essencial do bispo, o princípio da unidade, resume as demais levando-as à plenitude. Inácio usa oito vezes o termo ergosis = união, unidade e dez vezes o termo enotes = unidade, possuem  dois aspectos: 1. união enquanto dom de Deus e fruto de sua iniciativa, 2. adesão do homem a Deus expressada na união ao Cristo, na proporção em que o homem vive em união com o bispo, união constante, interior e exterior.

 

2. A unidade e a continuidade da Revelação através dos leigos na humanidade segundo São Justino.

" Conforme Justino e outros apologistas, Deus não tem nome, nem origem.  Negam sua onipresença substancial  no universo.   Deus  habita em regiões supracelestes, não pode deixar seu lugar e, portanto, tampouco , aparecer no mundo (dial 60; 127).  Deus se chama "Pai" pela principal razão de ser pater tou panton (2. Ap. 6).

Com sua teoria do logos spermatikós Justino lança uma ponte entre a filosofia e o cristianismo.  Em Cristo, o Logos divino apareceu em toda a sua plenitude; mas cada homem possui, em seu intelecto, um germe, uma semente (sperma) do logos. Esta participação no logos, que contém a aptidão para aprender a verdade, era particularmente intensa em alguns; entre os judeus, por exemplo, nos profetas e entre os gregos, em Heráclito e Sócrates.  Justino opina que certos elementos da verdade em poetas e filósofos gregos, derivavam da antiga literatura judaica, uma vez que Moisés foi o mais antigo dos escritores.  Enquanto os filósofos ensinaram e viveram de acordo com a razão, já eram, em certo sentido, cristãos, antes de Cristo; depois da vinda de Cristo ao mundo, os cristãos possuem a verdade íntegra e plena ( 1. Ap. 46, 2; Ap. 8;13).  As idéias teológicas de Justino sofreram forte influência de filosofia platônica e estóica.

Quanto à relação entre o Logos e o Pai, Justino é por alguns autores considerado subordinacionista, outros não. O logos-Filho foi proferido "ad extra", ou seja, tornou-se uma Pessoa divina, mas subordinado ao Pai, unicamente com a finalidade de assistir à criação e ao governo do mundo ( 2 Ap. 6; Dial. 61).

Logos na criação/ Homem considerado em relação ao logos = Gn 1, 26 e  2, 7.(Homem carnal). Justino nos fala do homem total e concreto, ponto central da combinação de Gn supra citado é  considerado em relação ao Logos. Desta forma desde o  início da existência do gênero humano, já se entrevê o aparecimento da nova raça dos cristãos. Na expectativa da realização da promessa do Logos encarnado , o homem vive a sua presença como o despontar nele do homem novo e interior.  É a marcha histórica, na força do Logos, para o logos total.

Os anjos possuem um corpo sutil e tomam um verdadeiro alimento, o maná. (Dial. 57). Os demônios têm corpos materiais um tanto grosseiros; satã seu chefe, caiu quando, em forma  de serpente, seduziu Eva (Dial. 100; 124); outros anjos pecaram com mulheres e gerarem demônios (2. Ap. 5).  Os demônios estão condenados ao fogo eterno, mas descerão do último juízo ao inferno em companhia dos homens perversos (1. Ap. 28); por enquanto habitam em camadas inferiores da atmosfera, tentando seduzir os homens ao mal e impedir de todos os modos a difusão do cristianismo (1.  Ap. 26; 54; 57s; 62).

A alma humana possui também certa corporeidade; vive ela, não por ser vida  (como Deus), mas por participar da Vida   (Dial. 6).   Depois da morte,  as  almas  todas, excetuando-se as dos  mártires,  vão  ao  Hades,  onde  permanecerão até o fim do mundo; todavia, os bons já estão separados dos maus e cada uma das categorias  na  previsão  de seu  futuro  destino, é feliz ou infeliz  (Dial. 5).   Segundo a teoria expressa de Justino, a crença de que as almas entram no céu imediatamente depois da morte equivale a negação da ressurreição  dos  mortos (Dial 80).  Cristo, depois de sua morte desceu ao Hades, ou seja, para junto das almas dos justos da Antiga  Aliança  (Dial.  45;72,4;99).  Justino era, como  Papias  milenarista;  confessa,  contudo, que certos cristãos ortodoxos não aderem  a esta doutrina, tendo-os, porém, "por cristãos não integrais, sob todos os pontos de vista"  (Dial. 80s).

Na 1ª Ap. 66 e no Dial. 100, Justino atesta a existência das "memórias dos apóstolos", a saber, dos Evangelhos canônicos.  No Dial. 100, Maria é comparada, pela primeira vez na antiga literatura cristã, a Eva.

De inestimável valor são suas informações sobre o batismo (1ªAp. 61)  e a celebração litúrgica (1ª  Ap, 65-67) e a celebração litúrgica ( 1ª Ap. 65-67), chamada, por Justino "o sacrifício eucarístico do pão e do cálice" (Dial. 117).  A fé na presença real de Cristo na eucaristia é professada claramente, e na 1ª Ap. 66 encontramos o primeiro esboço de formulação do dogma da transubstanciação.  Diz Justino que no alimento eucarístico não recebemos um pão comum, nem uma bebida comum para nutrir  e transformar nossa carne e nosso sangue; é a carne e o sangue de Jesus Cristo encarnado, e devemo-lo a uma fórmula insinuada por Ele.  Este logos litúrgicos da oração, proveniente de Cristo, Logos  humanado,  participa  de sua virtude divina e de sua eficácia em  criar e transformar.

A questão de saber se Justino conheceu ou não, o caráter sacrifical da eucaristia e objeto de discussão.  No Dial. 117, assentindo a uma palavra de Trifão, declara serem as orações e ações graças  os  únicos  sacrifícios perfeitos e agradáveis a Deus.  No Dial. 41, porém, menciona  expressamente que a oblação da farinha de trigo é uma prefiguração do pão eucarístico; Deus predissera, por Malaquias, os sacrifícios (tisiai), que os gentios haveriam de oferecer em todo lugar, isto é, o pão eucarístico e o cálice da eucaristia. Justino atesta nitidamente as palavras da consagração (1ª Ap. 66). O alimento é abençoado. Algumas linhas depois diz quais são estas palavras, qual este logos:  "Em memória de mim o fareis ... pois isto é o meu corpo ..."

 

3.  A Recapitulação em Santo Ireneu.

Jesus sintetiza n'Ele a história do homem. Testamento = Noé/ Moisés.

Economia = administrar, prover as necessidades. Ireneu acrescenta "universa" indicando que o plano de Deus abarca tudo: o mundo, homens, a criação, a redenção. História é completada em sua unidade, de maneira a se poder dizer, em oposição ao gnosticismo do tempo , um só Deus, um Cristo, uma só economia. Economia abrange  o plano da salvação realizado por Cristo desde a criação até o fim dos tempos. Economia supõe recapitulação, o qual adquire por esta mútua dependência uma grande amplidão.

No início de Adversus haereses, Livro 5, Ireneu explica: Cristo, o mestre (Christus Magister) é o Verbo encarnado, que estabeleceu a comunhão conosco de maneira que o pudéssemos ver, entender sua palavra, imitar seus atos, obedecer suas ordens e  vestir a incorruptibilidade. Nisto, somos refeitos à imagem de Cristo. Ao mesmo tempo, Cristo é o Verbo e poderoso e homem verdadeiro Verbum potens et homo verus que, de maneira inteligível rationabiliter, redimiu-nos por seu sangue, entregando a si mesmo como resgate redemptionem por nós.  Para Ireneu, a redenção foi realizada de um modo que o ser humano pudesse compreender rationabiliter:  o Verbo, que é absoluto em poder, também é perfeito em justiça. Logo, o Verbo pode opor-se ao inimigo, não com força, mas com persuasão e bondade, assumindo tudo o que por direito lhe pertence sua proprie et benigne assumens.  Ireneu não admite que Satanás tenha qualquer direito de dominação sobre a humanidade depois da Queda. Ao contrário governa injustamente injuste, porque nós  pertencemos a Deus segundo a nossa natureza natura essemus Dei omnipotentis. Ao nos redimir por seu sangue, Cristo inaugurou uma nova etapa na história da salvação, enviando o Espírito do Pai para que Deus e a humanidade possam unir-se e estar em harmonia. Por meio de sua encarnação, ele concedeu de forma verdadeira e segura a incorruptibilidade à humanidade.   O Redentor e a redenção são inseparáveis, porque a redenção nada mais é do que a união do redimido com o Redentor.  A mera presença do Logos divino na humanidade tem um impacto curador e enobrecedor sobre a natureza humana em geral.

A idéia  de "recapitulação  Anakephaloíosis em Ireneu compreende a restauração da Imagem de Deus no homem. Embora a expressão venha de Efésios 5, 10, o pensamento de Ireneu tem ampla base bíblica. O terminus a quo da redenção é a libertação do domínio de Satanás e a recapitulação da história anterior da humanidade. O terminus ad quem é o aspecto positivo: a renovação da imagem e semelhança de Deus. O primeiro Adão carrega em si a semente de toda a raça humana; o segundo Adão, por meio da encarnação, recapitula cada indivíduo que viveu até então e dirige-se a todos os povos e línguas. A redenção não olha apenas para o passado; ela é uma abertura para o futuro. Para a recapitulação da imagem e semelhança de Deus, tanto o Verbum como o Spiritus devem estar presentes. O primeiro Adão prenuncia o Verbo encarnado, em vista de quem o Verbum e o Spiritus haviam formado o primeiro homem, mas ele ficou estacionado na "infância",  porque o Espírito que dá o crescimento o deixou. A concessão da semelhança do Espírito Santo introduz o período novo e final da "oeconomia", que foi completado na ressurreição, quando toda a raça humana recebeu a forma do novo Adão. O aspecto  espiritual da anakephalaíosis é importante porque a posse permanente da vida só se concretiza por meio do Espírito. Embora a encarnação resuma o passado, condensando-o na recapitulação, em certo sentido ela leva o passado a um fim. O derramamento do Espírito Santo, que foi  inaugurado na ressurreição, direciona a história para o éschaton e torna a anakephalaíosis realmente universal.

Ireneu resumiu e consolidou a Cristologia de seus predecessores.  A redenção há de ser real, não consistindo apenas em comunicar uma gnose.  Ora, para uma redenção verdadeira é mister um Homem-Deus.   Cristo se fez homem para divinizar a humanidade; eis a recapitulação, a restauração e consumação  da humanidade e do universo em Cristo ("recapitulatio", cf. Ef 1, 10; haer 3, 18, 1. 7)  Cristo, por sua vitória sobre a tentação do demônio, tornou-se o antítipo de Adão (5, 21, 2);  a Virgem Maria, porém, por sua obediência, remediou a desobediência da "virginal" Eva.  Por sua obediência, ela é "advocata Evae"  e "causa salutis" para todo o gênero humano (5, 19, 1; 3, 22, 4).

Ireneu afirma inequivocamente a doutrina católica do pecado original.  Os primeiros homens criados à imagem e semelhança  de Deus, perderam por seu pecado esta semelhança, e Cristo a restaurou (5, 2, 1; 5, 16, 3).  Nos escritos de  santo Ireneu, pela primeira vez é atestado com toda a clareza, o batismo das crianças (2, 22, 4).

Como Justino e Tertuliano,, Ireneu considera o Hades como o lugar de espera das almas até a ressurreição; como ambos, é também ele milenarista (5, 32, 1).

 

 


Adversus haereses 1,10,1:SC 264,154-158 (PG 7,550-55l)

Adversus haereses 5,7,2: SC 153,90