Finalidade religiosa do dízimo

A finalidade Religiosa do Dízimo tem por fim a manutenção da parte religiosa da Igreja.

Quando você vem à Igreja participar da Santa Missa, percebe que tudo que existe aqui é para o seu próprio bem. Tudo está a serviço de sua própria salvação. Você encontra na entrada da Igreja os folhetos para acompanhar a liturgia, os folhetos para acompanhar os cantos. Você entra e senta nos bancos, está tudo limpo; olha para o Altar, uma linda toalha, velas acessas. Olha para cima, a luz está iluminando, o sistema de som funcionando, e não percebe que alguém deve contribuir na Comunidade para que isto aconteça. Não podemos esquecer ainda que a Comunidade tem que pagar conta de água, material para a secretaria, salário do padre e secretária, manutenção do Templo. Tem despensas com as pastorais da Paróquia: catequese, batismo, crisma, encontros de formação de catequistas, manutenção das salas da catequese, do salão paroquial e da casa do padre. Para atendermos todas estas necessidades e tantas outras aqui não mencionadas, a Comunidade necessita da colaboração e do Dízimo de todos.

Você acha justo que apenas uns poucos paroquianos sejam dizimistas e mantenham a Igreja?

Você acha justo que entre os dizimistas, poucos sejam os conscientes e muitos dêem de Dízimo só os restos, as sobras, as migalhas? Deus não é mendigo, para Ele devemos dar as melhores coisas.

Ora, a Igreja é de todos. Portanto, você que não é dizimista não está sendo justo para com a sua Igreja. Você está deixando para outro o que é de sua obrigação. E, além disso, está tentando enganar a Deus. (Leia Ml 3,8).

Você que está dando de Dízimo um valor simbólico só para desencargo de consciência também não está sendo justo para com Deus.

Portanto, quem se omite de ajudar não devolvendo o Dízimo, não é cristão autêntico.

O cristão que só vai à Igreja quando precisa de alguma coisa, de algum sacramento e não assume seus deveres, não é cristão, e sim um explorador da Comunidade, que luta para possibilitar que as funções religiosas aconteçam. Quem não cumpre com seus deveres, também não pode ter seus direitos garantidos.

Finalidade social

O Dízimo também tem a finalidade de atender a todos que por motivos diversos não podem prover seu sustento: os doentes, os idosos, os peregrinos, o menor abandonado, etc... Deus no Antigo Testamento se preocupava com os pobres e estabelece a eles o direito de serem atendidos com parte do Dízimo, como está no Livro do Deuteronômio (14,29): "Não negligenciareis dos órfãos, das viúvas, dos indigentes, dos peregrinos." A Comunidade que não se preocupa com os pobres, não agrada a Jesus e não é evangelizadora.

Se eu não contribuo com o Dízimo e a minha Comunidade não atender alguma pessoa necessita, por causa de minha omissão, um dia Deus vai pedir contas. "Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, era peregrino e não me acolhestes, estava nu e não me vestistes, estava enfermo e não me visitastes" (Mt 25,42-43).

Mas se eu contribuo com amor e generosidade na minha Comunidade e ela através de uma equipe de promoção humana acolhe alguém necessitado, o meu Dízimo está acolhendo o próprio Cristo. "Toda vez que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes" (Mt 25, 40).

Por isso o Dízimo é criador de um espírito comunitário e me leva ao encontro do irmão necessitado, e eu, acolhendo o irmão, estou acolhendo o próprio Cristo.

Finalidade missionária do dízimo

Parte do Dízimo que levamos à Igreja é destinado à Diocese, na manutenção do seminário para a formação de futuros padres, futuros missionários. A Comunidade tem que ser missionária. Lembrar sempre e ajudar a todos que se dedicam à pregação do Evangelho. Por isso, é importante levar o Dízimo à Comunidade, para que ela destine parte para esta finalidade. Jesus disse: "O trabalhar merece seu sustento" (Mt 10,10). São Paulo nos alerta: "Os ministros do culto vivam do seu ministério" (1Cor 9,13).

Com o dízimo assim entendido e praticado, podemos contar com uma Igreja sadia, fraterna, missionária e evangelizadora, comprometida e promotora dos necessitados e desamparados.

A Igreja não vive só de oração. Ela vive de oração e ação. São as duas pernas juntas para andar, ir e anunciar: "Ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho" (Mt 28, 18-20).

Paz e Benção

Diácono Claudino