(Síntese)

 

"Unindo o humano e o divino, esse amor leva os esposos ao livre e reciproco dom de si mesmos, que se manifesta com a ternura do afeto e com as obras e penetra toda a sua vida"(GS, 2ª Parte, Cap. 1)

 

Ao longo de um tempo nos debruçamos sobre os fins do matrimônio procurando refletir este tema sob o prisma de cinco segmentos: lei natural-divina, sexualidade, educação dos filhos, contradições do nosso tempo e direitos da família.

De início verificamos que a lei divina veio confirmar os fins do matrimônio já ditados pela lei natural: o bem dos cônjuges através de uma mútua cooperação explicitada pela perfeita integração de vida (espiritual e bio-psico-social) e o bem da prole (consequência da procriação e da educação dos filhos).

Em seguida observamos a importância da sexualidade no contexto psicossomático do casal. Ressaltamos os aspectos da afetividade, da racionalidade, da cooperação mútua e da fecundidade. Neste caminho consideramos o sexo como obra do Senhor da Vida, estando sua razão de existir ligada as finalidades do matrimônio no que tange a procriação e a afetividade.

Na esteira da procriação encontramos a educação dos filhos. A formação para a vida representa uma responsabilidade intransferível (em condições normais) dos pais. A Escola, a  Igreja, a Família têm seus papeis definidos no âmbito da complementariedade, mas a essência da educação da prole reside no núcleo maternidade-paternidade.

Aspectos gerais a respeito de algumas contradições de nosso tempo (aborto, homossexualismo, prostituição, amor livre, métodos contraceptivos, pornografia, tudo num sentido relativista ao extremo) foram enfocados. Todas estas contradições estão em ruptura com o plano da criação do Senhor da vida. Daí também somos chamados a amar mais os pecadores e detestar o pecado, chamando-os para a vida e a vida plena.

Por último analisamos alguns pontos dos tão proclamados, mas não praticados direitos da família. Vimos que a família sendo a base da sociedade deveria possuir uma personalidade jurídica própria, garantindo assim direitos essenciais no campo da educação, saúde e habitação entre outros.

Concluímos, desta forma o ciclo a respeito dos fins do matrimônio. A seguir veremos as propriedades do matrimônio, última etapa do temário deste ano. Sugerimos que veja os pontos no Catecismo da Igreja Católica, que nos ajudará a aprofundar os passos já caminhados.