O papa Francisco reza um Pai-nosso e uma Ave-Maria com o povo reunido no Vaticano. Pede silêncio. Suplica a bênção da multidão. Encomenda seu pontificado a Maria santíssima. Aqui começa a Igreja da esperança, porque neste preciso momento se dá ênfase à piedade ou religiosidade!

A imprensa, de um modo geral, questiona acerca das mudanças que haverá na Igreja com a eleição do novo papa. Esta é a pergunta que mais se ouviu nos meios de comunicação esses dias. Pois bem. A resposta veio com a fumaça branca: o recém-eleito bispo de Roma intensificará a missão própria da Igreja de Cristo, ou seja, emprestará novo ardor aos atos religiosos ou piedosos.

Com o papa Francisco, um homem piedoso, os católicos rezarão muito e se aproximarão mais de nossa Senhora! A virtude teologal da esperança está agora em plena atividade. A Igreja, através do que lhe é peculiar, isto é, por meio dos sacramentos e da Palavra, pode transformar o mundo, trazendo vida abundante para todos, conforme prometeu nosso Senhor (Jo 10,10b).

A grande mudança deste incipiente pontificado consistirá na retomada da identidade católica. Para dialogar com o mundo contemporâneo, tão mutável, a Igreja reapresentará o evangelho de Cristo. Rezando cotidianamente, os católicos, sob a guia do papa-esperança, demonstrarão sempre maior solicitude pelos pobres.

Grande alegria tomou conta dos católicos. Afinal de contas, temos um papa: o papa Francisco, que nos reconduzirá à piedade cristã.

P.s.: o nome correto do novo sucessor de são Pedro é "papa Francisco" (sem o numeral). Ele só se tornará Francisco I, se houver outro papa, no futuro, que adote o mesmo nome (Francisco II).

Edson Luiz Sampel

Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano.

Professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT).