Por Pe. Rhawy Chagas

 

As vocações surgem sempre de um estilo de vida, de um tipo espiritual e religioso, diria aliás, num ambiente de tipo religioso-litúrgico, onde mais tarde irão juntando-se outros elementos. O objeto da vocação, aos poucos se abre ao interesse imediato da catequese, da liturgia e da caridade e da pastoral familiar. Em seguida entra o fazer parte a penitência, as virtudes e os sacramentos e a própria paróquia, com as suas linhas de pastoral para o setor juventude, de cooperação e até sócio-política dos católicos em geral.

Agradeço a Deus pela confiança depositada na minha pessoa, nem sempre preparada e muito menos digna, para trabalhar com muitos vocacionados e vocacionadas, nestes anos de sacerdócio. É uma experiência que desejo para todos os sacerdotes, sendo assim fortalecidos na própria vocação, acreditarão que o Seminário, as Casas de Formação e os tempos formativos das Novas Comunidades são de verdade  o coração da Diocese.

As atividades vocacionais são mais variadas, mas sempre com o mesmo objetivo, diante de uma vocação escolher sempre a vocação. A vida do homem é estreitamente ligada a uma cultura e se se quer servir a vocação não se pode fazê-lo sem elaborar uma cultura atenta aos significados e valores e a própria vocação sequer e pede para ser cultivada. Sem dúvida, inquieta constatar como as grandes perspectivas e nas reais possibilidades de progresso, se encontra uma difundidade e concreta desestima a vocação, sem dúvida hoje é um desafio.

A vocação sendo um dom e uma tarefa, se depara com barreiras e fechamentos egoísticos, familiar e coletivo.

Mas no viver, no horizonte religioso do viver do homem, se faz presente constantemente uma finalidade que transcende todo contexto humano de vida e requer a presença do eterno, o próprio mistério do viver. Por esta concreta fundamentação cultural e ética de serviço e vida, não se pode realiza-la sem elaborar uma estratégia que possa sobressair a sacralidade da vida que está a serviço da própria vida, para amá-la e defende-la.

Se faz necessária então uma reflexão que ofereça esclarecimentos para movimentar-se dentro da confusão do mundo de hoje que torna difícil a compreensão e a volutação de atitudes corretas diante dos problemas que tocam de imediato a própria vocação.

A procura de uniformidade e de referencias comuns, universalmente aceitas, se fazem necessárias para um orgânico e eficaz serviço a vocação sacerdotal. O que falta as vezes são perspectivas operativas para desenvolver mais e mais o lado verdadeiro e autêntico da vida da juventude de hoje.

Deus chama com certeza certa e nós queremos responder com algo de novo, de justo e com profunda generosidade criando os meios necessários para chegar ao topo da comunidade, marcada pela cruz do Salvador da vida.

No horizonte estão presentes novas perspectivas do Reino e isso encontra e elege os generosos: reevangelizar, refazer o caminho dos Apóstolos, uma consciência renovada, voltar as fontes, isto sempre renova o entusiasmo no Espírito e nos faz fortes para superar os egoísmos da vida atual.