A Reencarnação é a crença segundo a qual a alma humana, depois da morte, passa para outro corpo. Tem um sentido religioso, pois implica a ideia de renascimento com fins morais. Corresponde a uma migração de alma para a mesma espécie. A transmigração pode incluir a passagem da alma para um corpo humano, animal ou até mesmo vegetal ou demoníaca. A metempsicose, que significa mudança de alma, é uma noção expressa pelos gregos que aplicavam, sobretudo, à religião egípcia.

A reencarnação é admitida por numerosas religiões e seitas orientais, desde o Egito Antigo, com os Orfites, os Pitagóricos e os Moniques, passando pelos Gnósticos e alguns Neoplatônicos.

Na Ásia, é um fundo comum do pensamento indiano, inerente ao hinduísmo, cujas castas justifica, e ao budismo, no qual se dá a via da sabedoria para escapar ao rio das existências (o sansara), destinadas a um considerável número de reencarnações.

Ora, a religião verdadeira implica, por um lado a procura da verdade sobre a origem e a finalidade do mundo, sobre a origem do homem e sobre as relações com Deus; por outro lado, um conjunto de crenças, uma necessidade de amor e emoção, uma relação harmoniosa do microcosmo com o macrocosmo; é a expressão do sagrado e a organização institucional de ritos e sociais. Diz-se por vezes, religião natural, no sentido de uma “religiosidade”, inerente à natureza do coração humano e que implica uma moral natural.

Mas, fala-se mais frequentemente das religiões que são tão diversas como são diferentes os povos da terra no tempo e no espaço; na maioria dos casos, situam-se um quadro social histórico e geográfico e conservam assim os seus aspectos particulares, mesmo se tendem para uma unidade dogmática.

A história das religiões procura investigar a origem do comportamento do homem perante a noção do sagrado.

Que se sabe das religiões arcaicas? O que se pode deduzir do conhecimento dos mitos e instituições dos povos primitivos hoje? A religião primitiva apoiada na magia, com a s suas noções de “maná e tabu”, deu ocasião a diversas teorias e hipóteses. A sociologia deu a conhecer as suas relações com a vida dos diversos povos (caçadores, pastores ou agricultores); diversos cultos de fecundidade, ritos de caça, cultos solar e lunar, zoolatria, etc.

As mitologias fazem dela um desenvolvimento normal e assumem aspecto locais.

Grandes organizadores e teóricos dogmatizam as crenças e tornam-se fundadores de religiões, tais como: Zoroastro, Moni, Maomé. Outras religiões, como Hinduísmo e o Budismo mohayana, são o efeito de uma evolução.

Deve-se dar um relevo especial às religiões bíblicas, chamadas “religiões do livro”, que tem como base uma revelação feita pelo próprio Deus, como diferença substancial das outras.

A ciência das religiões, comportamentos religiosos, das obras etnológicas, de sociólogos, de filósofos, de arqueólogos e de teólogos.

Se muitos sábios partiram de ideias preconcebidas, outros procuram ser objetivos.

Os trabalhos de Frazer, Max Muller, do P. Schmith, de Durkhein, fizeram autoridade no começo do século XX: a história das religiões tornou-se uma ciência, e por isso adotou os seus métodos.

Se as discussões religiosas fizerem correr muita tinta, as guerras religiosas fizeram correr muito sangue. Os tempos atuais parecem animados por uma preocupação de paz e de unidade; por isso, observam-se tendências ecumênicas entre os cristãos e uma procura de sincretismo ou de religião universal em certos filósofos e historiadores.

Há, apesar de tudo, divisões nas Igrejas e as seitas não cessam de proliferar.

Ora, o espiritismo com as suas ramificações, é mítico e imaginativo, não real, mas sincrético centrado nos rituais de possessão (histerismo) e incorporações, estes cultos seduzem a população brasileira, filha mestiça de brancos, negros e índios. Há todo um processo histórico dos cultos Afro-brasileiros regionais, constituídos sobre o transe mediúnico que não passam de invenção humana, de auto-hipnotizações para fugir da realidade dura e difícil do quotidiano (a Escravidão). É um consolo sair da realidade e entrar em transe. Os senhores, nos feriados e nos domingos deixavam os escravos se divertirem “a modos de sua nação” e daí que os valores míticos se perpetuaram até o dia de hoje. Em cada região brasileira recebem estes cultos uma denominação diferente: pajelança, na região Amazônica; Xangô em Pernambuco e Alagoas; Candomblé, na Bahia; Cabula, no Espírito Santo; Macumba no Rio de Janeiro e São Paulo; Batuque no Rio Grande do Sul e enfim, Tambor ou casa de Mina em São Luiz do Maranhão. Todas regiões do litoral, à beira de água, a mãe da vida.

Toda esta realidade é altamente destruidora da Salvação de Jesus. Estamos apenas e sempre no humano. Jesus é apenas um homem que não tem natureza divina. A ressurreição não existe, é apenas uma metamorfose umbanlística. Os homens que nascem são sempre em maior número dos que morrem, de onde chegam as almas sobressalentes? Humanamente inexplicável e cientificamente menos ainda.

Se o homem se exalta a si mesmo não há caminho de perfeição ou santificação, mas haverá sempre um repetir-se constante das mesmas deficiências humanas, não se vai nunca além disso.