Neste novo dia, mês que sempre temos novidades que nos levam a horizontes nunca pensados ou imaginados.

35 anos se passaram de uma vida plena de acontecimentos, de conquistas, de momentos ternos e de outros que sempre foram decisivos para um novo momento.

Em tudo somos vencedores, em tudo que somos crescemos quando e enquanto vivemos. O mais importante de tudo, é que as coisas boas são acrescidas de lembranças saborosas, que crescem a cada instante. Já as dolorosas mantêm a intensidade, mas não as mesmas dores, que nada são como aquelas primeiras. Vita brevis est. Ditado antigo, mas sempre atual, porquanto é mister vivenciarmos a vida, mesmo na sua brevidade que se torna eternidade a cada instante.

Mesmo na noite mais escura e no cair de uma pequena chuva, temos a certeza que o sol virá, e depois da meia noite só há de clarear as coisas. Mesmo nas luzes da cidade moderna, que ilumina igual o dia, lhe falta o calor do sol, falta o encanto natural de ver, a cada um de nós, seres sós , que se escondem nas preces vivas, que nos dão esperança de um verde sempre novo, apesar da selva de pedra.

São linhas que nos cortam a mente, entrecruzam passado, presente e futuro, cruzam a saudade numa mistura de saudosismo frente ao presente que muitas vezes não queremos, com dom e presente frente às incertezas de um amanhã que nem sequer sabemos se teremos.

Brigas surgem até nos sem teto, sempre vem a palavra verdade, não reclamando de nada...

O relógio não pára, a mente também. O rodar dos ponteiros, o passar dos minutos. O passar dos carros que cruzam a mesma ponte na rua, lembram-nos que muitos passaram, muitos cruzaram a mesma rua. Uns já foram na via do Pai Eterno. Muitos vivenciam uma via crucis, outros uma via lucis, em todos buscamos uma reconciliação conosco mesmos.

Deus sempre quer se reconciliar conosco; nos ajuda quando caímos em nossos próprios erros e falhas.

O separar-se e o unir-se. (...) O irritar-se e o acalmar-se (...). Não é agostiniano antigo, é o vivenciar contínuo do nosso ser no tempo.

Tempo que permanece sempre eterno, no que é realizável no Hoje que não é mero momento.

Ainda que pensássemos num instante num erro, seria uma oportunidade única Íris que se torna do meu ser o centro do próprio viver, num sentimento que bate no compasso cordiano da alegria sem igual.